PSICÓLOGA DE BOTEQUIM

Putz virei minha mãe !

Você já teve a sensação de que é igualzinha a alguém ?

Pois é isso que eu sinto quando vejo me vejo perto da minha mãe. É algo irritante. Temos praticamente a mesma cara, o mesmo jeito de andar, de falar, e de não querer entrar em conflitos ( e depois ficar p. da vida porque aceitou o que os outros queriam para não brigar)

Na verdade, é algo pirante ser "tão igual" a alguém....E ainda ter que ouvir coisas que ela faz que você vive fazendo também na sua vida e detesta :

- Outro dia , eu ia sair com seu pai, não sei quem se meteu a besta, resolveu sentar no banco da frente e eu acabei sentando atrás, com raiva....

É , se fossemos outra pessoa , seríamos mais "agressivas" , e diríamos :- Epa ! Quem senta na frente sou eu !

Mas como não queremos criar clima...

Só que esta história de "não querer criar clima" tem limite....Existe um momento que você tem que mostrar quem você é...E se você não é Madre Tereza, não finja. Fica mal . Faz mal pra saúde...

Ontem o maquiador do comercial que estavamos gravando estava puto porque tinha emprestado sua maleta de maquiagem a um amigo que viajou e pouco se lixou pra devolver no dia certo. Ele estava reclamando:

- Nossa, a gente que tem um coração bom , as pessoas abusam...

Aí eu tive que virar "psicóloga":

-Olha,nesse caso eu não acredito nesta história de "coração bom", "pessoa boa", "pessoa má". Muitas vezes a gente empresta as coisas por culpa, porque não quer entrar em conflito , porque acha que vai precisar da pessoa mais tarde.

Aí foi a vez do editor entrar no meio :

- Meu professor dizia que numa relação de empréstimo sempre tem um otário . Otário é quem empresta ou então otário é quem devolve depois.

E o paradigma da "falsa bondade" foi quebrado com bom humor e "terapia de botequim".

Comentários

Cissa Branco disse…
Emprestar ou não... Que dilema.
Dias desses emprestei minha mala linda, com cheirinho de nova, chique no último, para uma amiga e quando ela voltou estava um bagaço... Ficou a lição, mas me falta a coragem de negar, não por medo de precisar algum dia, mas por receio que o outro fique bravo.
Também me pego sendo muito parecida com minha mãe, principalmente nas "qualidades" que não admiro muito. Até nossa voz é igual, quando estou em sua casa e suas amigas ligam, e digo que ela não está, acham que sou ela e que estou passando trote, já gerou muitos incidentes, rsrs.
Beijos e boa semana
Mylla Galvão disse…
Não acho que seja verdade que emprestamos as coisas por culpa!
Ainda acredito no coração bom das pessoas...
Acontece que há sempre pessoas, que se acham e que acham que aqueles amigos bons gravitam apenas ao redor deles...
E aí fazem o favor de se tornarem um pé no saco (desculpe a palavra)!

Ainda há pessoas boas no mundo! E que pena há pessoas ruin tb!

bjo
Teredecorando disse…
Realmente é um dilema.Tanto na aceitação de não termos pulso firme em determinados momentos como no lance de emprestar coisas.
Aqui em casa, empresto tudo para minhas filhas. Meu marido até fala às vezes, mas...Eu sou coração aberto. Já com outras pessoas fico sempre com o pé atrás. Já tive experiências ruins. Acho que foi por isso que não gosto de emprestar.
Eu também sempre fui muito parecida com a minha mãe. Coração bondoso...Só que agora estou mudando. Quer dizer, as pessoas e as situações atuais estão me forçando a isso.
Por um lado é chato, mas...
Fique bem
Bjs mil
Ludmila disse…
Pois bem, participei deste momento "terepia de boteco" e refleti alguns pontos:
- NUNCA, nunca mesmo empreste material de trabalho ou algo que você vá usar com data e hora marcada.
-SEMPRE, empreste roupas, sapados e coisas fúteis, pq isso não irá te fazer mal, pelo contrário só bem, temos que nos desapegar das coisas materiais.
-NUNCA, esqueça de cobrar, de pedir de volta, não tenha vergonha, pois o que você emprestou é SEU!
-SEMPRE, empreste amor e é lógico não se esqueça de pedir de volta e se possível em dobro!
Mad' disse…
Olá! Passei pelo blog, vi seu último post e, empréstimos à parte, me identifiquei com o início, pois também sou super parecida com minha mãe (apesar de eu não encontrar tanta semelhança) tem gente que diz, quando nos vê juntas: "ah, não precisa nem falar que é sua filha, né?" E isso não é só na aparência não! Somos bravas da mesma forma (ahahahah). Nunca tinha parado pra pensar na estranheza de tal, e, realmente, ter um xerox seu ali do lado é estranho, mas confesso gostar, sinto que nos aproxima muito mais! ^^
Gostei do blog! Abs.