
Vi no Fantástico há uma semana uma entrevista da CISSA GUIMARÃES em que ela fala que ela “convive” com a dor da perda. Ela “respeita” a dor que ela sente e disse que vai morrer com ela.
E é este “espaço” que ela abre para a dor é que faz ela conseguir ainda sentir a alegria e os outros sentimentos bons.Talvez se ela a negasse,buscando a tal da "pílula da felicidade",ou qualquer outro "paraíso artificial" mais tarde uma grande "cratera" somatizada fosse abrir dentro dela,exigindo atenção.
Penso que os sentimentos são assim: temos que aprender a conviver com eles mesmo quando eles não são os nossos melhores amigos.
Talvez seja mesmo igual uma vez eu vi num livro em que um monge imaginava os seus sentimentos como uma sala de espera num consultório médico... Vinha um, ele “atendia”,depois mandava embora com calma, e dizia :
- Que venha o próximo.
Assim fica mais fácil aceitarmos o “lado sombra” do nosso ser,que nem sempre é bonzinho.
Pra quem não assistiu a emocionante entrevista,clique AQUI.
Comentários
Beijocas
com carinho Monica
Tenho medo ate de pensar nesse tipo de dor. MAe nenhuma deveria ter que enterrar um filho.
Ninguém ignora sentimento, como você disse, se não sentimos conscientementee deixamos fluir com naturalidade, eles entram de alguma forma na gente, seja com somatização, comportamentos de transferências não saudáveis, etc.
O que sempre digo é que felicidade é diferente de alegria e nenhuma tristeza empana o estado de felicidade. Com certeza, pela forma como encara a vida, a Cissa é feliz, mesmo convivendo com a tristeza da perda do filho.
Girassóis nos seus dias. Beijos.
Achei ótima a metafora do consultório, acho que é bem isso que acontece e sábio de quem tem essa tranquilidade e calma de acreditar e saber que tudo passa...tudo entra e sai...
beijos